quarta-feira, 21 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO PARA TODOS É A GARANTIA DE QUALIDADE PARA TODOS?



Partindo do pressuposto que o princípio fundamental da escola inclusiva é de que todas as crianças devem aprender juntas, independente das diferenças e dificuldades é essencial que se deva pensar na forma como essa inclusão deve se dar para garantir uma educação de qualidade e verdadeiramente inclusiva. O que vem sendo percebido é que se pensa e busca uma educação para todos, mas não há políticas públicas para educação que garantam espaços físicos adequados, a capacitação de profissionais para trabalhar com a inclusão. Nesse sentido, em muitas instituições a tentativa de garantir uma educação inclusiva acaba se transformando em uma prática exclusiva.
Por outro lado a “garantia de educação para todos” vem sendo relacionada à redução de desigualdades sociais, entretanto acredito que a garantia de ingresso no espaço escolar por si só não é fator relevante na afirmação de uma sociedade menos desigual, assim como aumentar o número de anos letivos não garante uma educação de qualidade.
O que deve se pensar é que uma educação de qualidade implica profissionais valorizados e capacitados, espaços físicos adequados, um currículo que respeite as diversidades de cada comunidade e cada contexto dentro dela, que valorize a heterogeneidade e as capacidades de cada aluno. Enquanto a educação for percebida em uma lógica quantitativa onde o que importam são os números (que na maioria das vezes não representam a verdadeira aprendizagem) e não o valor do sujeito como cidadão competente e capaz, nos depararemos com leis controversas e com aprendizagens insignificantes e excludentes.

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